SUS implementa novos tratamentos para a endometriose
Publicado em 09/07/2025 16:58
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O Sistema único de Saúde (SUS) vai disponibilizar dois novos e importantes tratamentos para mulheres que sofrem com a Endometriose. As portarias foram publicadas dias 29 e 30 de maio/25 e autorizam a indicação da distribuição de Dispositivo Intrauterino DIU-LNG e o Desogestrel,  pois ambos impedem o crescimento do endométrio fora do útero. O SUS tem agora até 180 dias, a partir da publicação para disponibilizar os novos tratamentos.

 

Doença inflamatória que acomete em torno de 15% das brasileiras em idade fértil, caracterizada por um crescimento desordenado de tecido semelhante ao endométrio,  mucosa que reveste o útero por dentro. 

 

Esse tecido cresce fora do útero e pode se alojar em vários órgãos, como ovários, trompas, bexiga, intestino, diafragma e até em locais mais distantes, como os pulmões. Mesmo fora do útero, esse tecido reage ao ciclo menstrual: engrossa, sangra e inflama, mas não tem por onde sair, o que causa dor, inflamação e, em alguns casos, infertilidade.

 

 

Na nova tecnologia do SUS, o DIU-LNG, o dispositivo liberador do Levonorgestrel, suprime o crescimento desordenado do tecido fora do útero. Esse método é indicado para as mulheres que não podem usar os contraceptivos orais combinados e sua troca seria necessária apenas a cada cinco anos. Já o Desogestrel é um anticoncepcional que atua principalmente na inibição da ovulação, pois ao bloquear as atividades hormonais, combate o crescimento desordenado do endométrio. Pode, inclusive, ser indicado já na avaliação clínica.

 

A doença ainda tem causas desconhecidas e atinge cerca de 15% das mulheres em idade reprodutiva no país e no mundo todo são em torno de 10%, totalizando 190 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). O SUS aborda atualmente dois tipos de tratamentos: o clínico e o cirúrgico.  O aumento do diagnóstico chegou a 30% nos últimos dois anos na tenção primária e até 70% na atenção especializada.

 

Para o ministro da saúde, Alexandre Padilha, a oferta dos novos tratamentos representam uma atualização tecnológica do SUS e significa “acima de tudo qualidade de vida para as pacientes”.

 

Fonte e pesquisa: Portal G1/globo.com

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