O podcast “Comunicação em Pauta” recebe Lobo Loss, quadrinista e ilustrador, para um papo desmistificador sobre as nuances e os caminhos percorridos quando se alia à comunicação à arte.
O artista, que desde criança tinha uma paixão pelo Velho Oeste e pelos filmes de “bang bang”, se enveredou pelo mundo dos desenhos digitais após perceber que podia alinhar sua arte a uma nova maneira de se comunicar, trazendo perspectivas completamente disruptivas aplicadas ao seu estilo.
Além disso, viu que o negócio tinha público e que despertava o interesse de muitos consumidores e adptos daquele estilo. Mostrando-se entusiasta pulsante de uma criação bastante específica e fora dos padrões comuns, Lobo Loss criou diversas peças autorais que reverberam o seu legado artístico. Dentre elas destacam-se o livro “Memento Mori”, que surgiu da ideia de contar uma história em simulação à Bíblia, trazendo uma visão sombria de expansão do Velho Oeste.
Outro lançamento que ganha a atenção das pessoas é o livro “Alta Octanagem”, que leva o leitor a um mundo "punk apocalíptico biker", em que facções de motoqueiros dominam as estradas e lutam por sobrevivência.
Das salas de aula para outros universos
Por ter atuado como professor de desenho por muitos anos, ele acredita que a inspiração e a consistência foram fatores primordiais para que sua obra pudesse consolidá-lo como desenhista. “Não existe dom, existe constância. Eu desenho todo dia. Pegar referências de artistas que nos identificamos é um caminho", explica.
Para ter um espaço destinado as suas criações, Lobo Loss criou o "Garagi Saloon" – estúdio dedicado à Cultura Biker, ao Velho Oeste e à estrada como manifesto – local que consolidou todas as suas produções e onde o grande público tem a possibilidade de comprá-las. Hoje, o ilustrador segue uma vida desprendida do senso comum, viajando pelo Brasil para vender seus livros e para apresentar sua arte.
Ele conta, em primeira mão, que 2026 fará um grande lançamento: o ROADKILL, seu jogo de Role-Playing Game (RPG). Previsto para acontecer na capital mineira, o jogo consiste na formação de uma gangue de motoqueiros tentando sobreviver e se impor nos Ermos, um território desértico cheio de outras gangues. A missão objetifica garantir recursos valiosos, manter suas motocas e “parças” em pé e fazer o nome da sua gangue ecoar pelas estradas batidas.
O artista deixa uma mensagem para os jovens que desejam adentrar no mundo da criação ilustrativa, destacando que o mercado valoriza quem está nichado em algum segmento. “As pessoas estão prestando muito mais atenção em qualidade do que quantidade de público."
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