Os números revelam a desigualdade estrutural no acesso ao diagnóstico precoce do câncer de mama e reforçam a importância de investimentos estratégicos na saúde. Segundo dados recentes, o país possui 6.826 mamógrafos registrados, mas menos da metade está disponível para o Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por atender 75% da população brasileira.
A Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) alerta que essa disparidade impacta diretamente a vida das mulheres, especialmente as que vivem em regiões mais vulneráveis.
“A falta de equipamentos e de estrutura adequada compromete o diagnóstico precoce e, consequentemente, o tratamento oportuno. Isso é um reflexo da desigualdade estrutural que ainda marca o acesso à saúde no Brasil”, destaca a presidenta da FNE, Solange Caetano.
O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG) reforça que o fortalecimento da rede pública e o investimento em tecnologias de diagnóstico são medidas urgentes.
“Precisamos garantir que estados e municípios recebam recursos suficientes para renovar e distribuir os mamógrafos de forma equitativa. O câncer de mama é uma questão de saúde pública e de justiça social”, afirma o presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG) e diretor da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Anderson Rodrigues.
Para ambas as entidades, o fundo voltado à aquisição e modernização de aparelhos de diagnóstico e tratamento tem papel essencial na ampliação da rede pública de saúde e na redução das desigualdades regionais.
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