Em um bate-papo sobre mudanças digitais, finanças empresariais e planejamento tributário, Márcio Martins, contador e fundador da Minasconte Contabilidade, conta à jornalista Vera Lima Bolognini, no Programa “StudiumCast”, como as empresas podem se preparar de maneira adequada para gestarem os seus negócios.
O contador inicia compartilhando sobre o recente processo de mudança digital que a sua empresa passou nos últimos 2 anos. A migração da contabilidade tradicional para digital surgiu a partir da necessidade do mercado, o que, diretamente, possibilitou novos caminhos para a contabilidade, que está no mercado há mais de 20 anos.
Embora os desafios não tenham sido fáceis, Márcio relata que a transição também incorreu em vantagens para o cliente. “Demorou dois anos para que pudéssemos implementar esse processo, mas isso gerou mais agilidade, mais segurança e comodidade para os nossos clientes”, explica.
Mudanças digitais
Com a nova possibilidade de entrega do serviço, Martins compartilha que enxerga a automação e a Inteligência Artificial (IA) como oportunidades. Ele quebra o estigma de que tecnologia esteja atrelada à robotização. Em uma analogia perspicaz, o profissional compara o contador como o “médico da empresa”, uma vez que cuida das dores financeiras dos negócios.
Reforma Tributária e regime de tributação
Márcio Martins também adentra na aplicabilidade prática da Reforma Tributária no dia a dia das empresas. Para ele, a reforma virá para deixar o processo mais transparente de quem está “se aventurando no processo de sonegação de impostos e quem está levando a sério”. “A prática colocará todos em processo de igualdade. O governo foi muito inteligente, ele colocará uma empresa para fiscalizar a outra.”
Numa uma breve explicação, o contador faz um comparativo do que é aplicado atualmente nas diretrizes legais e o que mudará com o avanço da proposta. “Hoje, por exemplo, o Simples Nacional tributa conforme o faturamento apurado mensalmente. Com a mudança, o governo disponibilizará a opção de crédito que será destinada apenas aos empresários que seguirem as regras legais, como emissões de notas fiscais. Para aqueles que não seguirem, o porcentual de tributação será mais alto”, explica.
Por fim, Martins destaca que a base de qualquer do partido negócio deveria estar fundamentada no tripé dos 3Ps: Produto, Processo e Pessoas. Assim, haveria uma mudança na mentalidade do empresário para direcionar o olhar para a importância da gestão financeira eficiente e para seguir as determinações contábeis estabelecidas pelo Fisco.
Confira na íntegra
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