Transtornos mentais, a nova epidemia do século
Publicado em 04/09/2025 09:08 • Atualizado 04/09/2025 15:35
Saúde
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Em dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 02/09/2025, em todo o planeta mais de 1 bilhão de pessoas vivem com algum tipo de transtorno mental, entre eles ansiedade e depressão. Cenário este que causa imensos prejuízos humanos e econômicos, conforme alerta da instituição.

 

“Mesmo com muitos países reforçando suas políticas de programas de saúde mental, maiores investimentos e ações são necessários globalmente para ampliar os serviços no intuito de proteger e promover a saúde mental das pessoas”, destaca a OMS.

 

Para a organização, transtornos de saúde mental como ansiedade e depressão prevalecem em todos os países e atingem todas as idades e níveis de renda, sendo a segunda maior causa de incapacidade a longo prazo, gerando grande perda da qualidade de vida.

 

Segundo Tedros Adhanon, diretor-geral da entidade, transformar os serviços de saúde mental é um dos desafios mais urgentes atualmente em todo o mundo. Para ele, é o mesmo que investir em pessoas, comunidades e economias, “investimento esse que nenhum país pode se dar ao luxo de negligenciar”, analisa.

 

Governos e seus líderes têm a responsabilidade de agir com urgência para garantir que cuidados em saúde mental não sejam tratados como um privilégio, mas como direito básico de todos garantido pelo Estado.

 

Análise

 

Números apresentados pela OMS revelam que os transtornos mentais variam conforme o gênero, mas mulheres são desproporcionalmente mais impactadas. Ansiedade e depressão figuram como ambos os tipos de transtorno mais comuns tanto entre homens como entre mulheres. 

 

A organização ainda faz um alerta sobre o alto índice de morte em decorrência de suicídios entre jovens de todos os países e contextos socioeconômicos, com cerca de 721 casos no planeta, somente em 2021. Marca que aponta uma consequência devastadora dos transtornos de saúde mental.

 

“Apesar dos esforços globais, o progresso na redução da mortalidade por suicídio é insuficiente para atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, que prevê uma redução de um terço nas taxas de suicídio até 2030. Na trajetória atual, somente uma redução de 12% será alcançada até esse prazo”, ressalta Tedros.

 

Segundo a OMS, os impactos econômicos dos transtornos mentais são impressionantes e embora os custos com saúde sejam substanciais, os custos indiretos, principalmente quando envolvem perda da produtividade, são muito maiores. A estimativa chega a cerca de US$1trilhão  da economia global por ano.

 

“Vivemos um cenário alarmante: a OMS aponta que 1 bilhão de pessoas no mundo já convivem com transtornos mentais, mas sabemos que esse número é subnotificado. O aumento dos casos de suicídio, principalmente após a pandemia, reforça a urgência de tratarmos a saúde mental como prioridade. A população já percebe essa necessidade, mas falta investimento público consistente. É inadmissível que o tema seja terceirizado sem garantir profissionais e políticas estruturadas. Precisamos de orçamento e ações concretas para garantir prevenção, tratamento adequado e dignidade às trabalhadoras e aos trabalhadores.” – conclui Jennifer Souza, presidenta do Sindicato dos Psicólogos do Estado de Minas Gerais (PSINDMG).

 

 O levantamento só ressalta a urgência de investimento sustentado, priorização mais rigorosa e colaboração de vários setores para a expansão do acesso à saúde mental e redução do estigma, além do combate as causas profundas dos problemas de saúde mental em todo mundo.

 

 Fonte: Com Informações da Agência Brasil

 

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