Presidente do SEEMG alerta para adoecimento da enfermagem durante Seminário de Saúde e Segurança do Trabalho
Publicado em 01/09/2025 16:00
Saúde
Divulgação SEEMG

O presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG) e diretor de Comunicação da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), Anderson Rodrigues, participou no último dia 28 de agosto do Seminário de Saúde e Segurança do Trabalho, promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem, na sede da entidade sindical em Contagem-MG.

 

O evento reuniu especialistas e autoridades para debater os desafios relacionados à saúde laboral. Entre os palestrantes estavam: Fátima Brant, diretora de Vigilância em Saúde do Trabalhador do Sistema único de Saúde (SUS ) Contagem e Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest); Jacéia Netz, mestre em Serviço Social pela PUC-MG e coordenadora do departamento de saúde do Sindicato dos Bancários; Luciana Barreto, advogada trabalhista e assessora jurídica da Associação dos Colaboradores da Usimed de tubarão(ACUT); Carlos Calazans, superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais.

 

Adoecimento da enfermagem

 

Durante sua participação, Anderson Rodrigues destacou a importância da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e trouxe a realidade da enfermagem, marcada por sobrecarga de trabalho e altos índices de adoecimento.

“A categoria da enfermagem vive em um ambiente de cobrança por produção em larga escala. O sistema precariza a atuação do enfermeiro, reduzindo o número de profissionais e aumentando o de pacientes. Isso é tratado pelas instituições hospitalares como ‘redução de custos’, mas na prática resulta em sobrecarga, adoecimento e risco ampliado para trabalhadores e pacientes”, ressaltou.

 

Segundo dados do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em maio de 2025, o Brasil contava com 3.192.152 profissionais de enfermagem (entre enfermeiros, técnicos, auxiliares e obstetrizes), dos quais 247.938 estão em Minas Gerais. A categoria é uma das que mais sofrem afastamentos por motivos de saúde dentro do setor da saúde.

 

Entre 2020 e 2024, os principais motivos de afastamento foram transtornos mentais, estresse ocupacional, lombalgias e doenças musculoesqueléticas ligadas à sobrecarga de trabalho. Pesquisas apontam que depressão, ansiedade e síndrome de burnout lideram as causas de afastamento prolongado.

 

União das lutas

 

O SEEMG parabenizou o Sindicato dos Metalúrgicos pela realização do evento e reforçou que a preocupação com a saúde dos trabalhadores deve ser encarada como pauta universal.  “A união das categorias sindicais fortalece a luta coletiva. Só com solidariedade entre trabalhadores de diferentes áreas será possível transformar a realidade e construir ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros”, concluiu Anderson Rodrigues.

 

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