Após a ocupação das mesas diretoras dos plenários do Senado e da Câmara por parte de parlamentares da oposição na terça-feira, o presidente do Senado Federal David Alcolumbre, chamou a ação de exercício arbitrário.
Na última terça-feira, 05/08/2025, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, deputados e senadores obstruíram os trabalhos e prometem manter o movimento até que os presidentes das casas legislativas se comprometam em pautar a anistia geral e irrestrita para os condenados por tentativa de golpe de Estado.
Após a ocupação Alcolumbre fez um chamado à serenidade e a razão “Precisamos retomar os trabalhos com respeito, civilidade e diálogo, para que o Congresso siga cumprindo sua missão em favor do Brasil e da nossa população”, salientou.
O grupo reivindica que seja pautado o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, presidente do Superior Tribunal Federal (STF) e o fim do foro privilegiado, permitindo assim que Bolsonaro não seja mais julgado pelo STF, mas sim pela primeira instância.
A ocupação aconteceu após Alexandre decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Hugo Motta, presidente da Cãmara, também se manifestou por meio de suas redes sociais e disse que determinou o encerramento das sessões de quarta-feira (06/08) e que convocará quinta-feira (07/08) reunião de líderes para definir a pauta de votações, e avisa “que pautas sempre serão definidas com base no diálogo e no respeito institucional. O Parlamento deve ser a ponte para o entendimento”.
Por outro lado, parlamentares da base do governo repudiaram a invasão e classificaram o ato como chantagem. O deputado Lindbergh Farias, comparou a ocupação ao 8 de janeiro, além de afirmar que a atitude é” inaceitável”. “Atividades parlamentares e trabalhos legislativos não podem ser parados à força, isso é mais uma continuidade do processo de golpe. O acontecido é mais um ataque as instituições”, afirmou.
Fonte: Rádio das Gerais e Agência Brasil