Uma grande ação solidária e voluntária movimentou, de 31/8 a 3/9/25, a cidade de Novo Cruzeiro, o distrito de Lufa e mais de dez comunidades da região do Vale do Jequitinhonha, nordeste do Estado de Minas Gerais, distantes há mais de 600 km de Belo Horizonte e mais de 12h de viagem, via BR-367 até às zonas rurais.
Foram 4 dias de uma intensa ação social voluntária realizada pela Amppara (Ação Amiga Pronta pra Ajudar) e Associação Casa Maria Madalena, duas associações sem fins lucrativos, sob coordenação de Vera Lima Bolognini e Maria Madalena Praxedes.
Em todas as comunidades visitadas foram feitas doações, que alcançaram mais de 300 famílias, na sede do município, no distrito de Lufa e nas comunidades de Rabelo, Lufa Abaixo, Acode a Chuva, Córrego da Onça, Sulamérica, Envernada, Santa Cruz, Cezário, entre outras.
Ao longo da caminhada foram se somando os apoios e a solidariedade de muita gente que surgiu como “mãos amigas”, a exemplo de Edgar, Dito, Isaac, James, Maria das Dores, da Casa de Apoio da Prefeitura de Novo Cruzeiro, onde dormimos.
“Foi uma jornada especialmente dedicada às comunidades onde mora a família do pequeno José Antônio, da Graciela Rodrigues e do João Luiz de Souza. Lembramos que José Antônio é o “garotinho” que luta para ter o diagnóstico de uma síndrome rara e que mobilizou, a imprensa, e muita gente em Minas e Brasil, com algumas repercussões de seu caso até no exterior.
“Estamos aqui fechando essa ação solidária, pois ao viralizar a matéria feita pela Studium Eficaz Comunicação, voluntariamente, o caso chegou também à Vaquinha Vooa-me que adotou a história”, ressalta Maria Madalena Praxedes.
“Parte dos recursos doados foram destinados à pedido da Amppara e da Casa Maria Madalena para uma ação social às famílias carentes. E agora vieram fazer a entrega das doações “, afirma a jornalista Vera Lima.
“Que bom que vocês vieram”
D. Ilda é idosa e cuida com dificuldade, mas com muito carinho do garoto Marcone, de 14 anos, que nasceu sem problemas e foi perdendo os movimentos e hoje não anda, não fala, não se alimenta sozinho. “Que bom que vocês chegaram. A vida aqui tá boa, mas não é facil”, disse ela com um sorriso aberto e o olho cheio de lágrimas.
Mães fortes, sofridas, pés no chão, crianças no colo, sorrisos muitas vezes acanhados, mas esperançosos. Paulas, Valdirenes, Valkirias, Madalenas, Vandas, Marias… Elas são centenas, mas parecem se multiplicarem e virarem milhares quando falamos de amor, cuidado e luta, e põe luta nisso…
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