As pessoas, de um modo geral, tendem a dar mais atenção aos profissionais que desempenham um cuidado que está associado direto à saúde vital do ser humano, como os odontologistas, oftalmologistas e os médicos.

Mas você sabia que as unham atuam como um espelho do organismo humano? É sobre isso que a Simone Nogueira, podóloga e mentora, com mais de 20 anos de experiência na área conta no Programa “Mais Saúde” dessa semana.

A profissional, que veio do interior de Minas Gerais, conta que desde muito pequena via o seu pai, na época fazendeiro, sofrer com os famosos “bichos de pé” e que disputava com os irmãos para ser a responsável pelo cuidado dos pés de seu pai.

A partir do interesse pelas unhas das pessoas, Simone buscou se especializar na área e adentrar na profissão. Ela revela que o objetivo era transformar as unhas doentes em saudáveis, para que, então, elas ficassem bonitas.

Hoje, a podologia é tida como um “braço da medicina”, atuando de maneira curativa. Nela, é realizado o tratamento preventivo e pós-cirúrgico, que vai desde calosidades, micoses, até a unha encravada.

Quebrando o mito das unhas encravadas

Seguindo a crença popular de que a unha encravada se trata de uma pele no canto das unhas, Simone quebra o mito e esclarece que esse pensamento está completamente equivocado.

A especialista explica que esse problema relatado pelas pessoas se chama onicofose – um calo de atrito - e que a unha encravada é uma ferida. Dentre as causas da onicofose está a pisada errada e o tratamento pode ser realizado por meio do uso de ácido.

“Às vezes, o palito usado pela própria manicure pode causar feridas ou pequenas fraturas nas laterais das unhas e isso perfura a pele. Essa perfuração gera um processo inflamatório, ocasionando com que a unha corte o tecido inflamado”, explica.

Roer unhas pode ocasionar a perda definitiva da estrutura

Por viver em um mundo globalizado e acelerado, muitas pessoas podem desenvolver ansiedade e começar a roer as unhas como uma forma mitigar o problema. Mas o que parece uma prática sem importância, pode ocasionar a perda da matriz da estrutura.

Esse trauma repetitivo precisa ser avaliado por um profissional para que seja identificado possíveis pontos para tratamento. Em alguns casos, como aqueles nos quais as pessoas arrancam as unhas com certa frequência, a recuperação pode ser irreversível.

Como tratar a micose?

A micose, responsável por aquela coceira interminável entre os dedos e a base dos pés, é uma doença fúngica, que está presente no microbiota do ser humano. De forma prática, o fungo degrada a célula morta do corpo.

Sua proliferação ocorre quando os ambientes se tornam favoráveis e possuem calor, umidade ou falta de luz. Nogueira quebra mais um mito ao revelar que “remédio não trata micose” e que é difícil tratar a infecção “porque as pessoas vão primeiro ao dermatologista.”

A podóloga esclarece que cortar a unha nesse caso e tomar remédio oral (com exceção das micoses sistémicas e das que afetaram tecidos profundos) se tratam de práticas inapropriadas. Dentre os passos para o tratamento efetivo estará a remoção da parte descolada, uso de laser e tratamento utópico.

Conheça a história da Simone

Natural do interior de Minas Gerais, Simone viveu lá até o casamento, quando se mudou para São Paulo. Aos 17 anos, aprendeu a ser manicure com uma tia — e a partir daí, nunca mais parou de buscar conhecimento. Com dedicação e estudo, formou-se podóloga e hoje atua ao lado do filho Eduardo, que também administra a @‌snclinicabh.

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