Conheça a síndrome de Fournier, doença rara que ameaça a saúde masculina
Publicado em 05/08/2025 14:00 • Atualizado 14/08/2025 16:47
Saúde
Freepik

 

Após a morte do funkeiro Leandro Abusado, causada pela síndrome de Fournier, ascendeu um alerta sobre a saúde intima masculina. A doença trata-se de uma infecção bacteriana grave, que acomete principalmente homens, podendo ser  agravada por fatores como traumas genitais, obesidade e diabetes. Numa tentativa de mitigar os casos letais, é indicado iniciar o tratamento precoce para que as complicações não sejam fatais, como no caso do músico.

 

Por ser uma síndrome polimicrobiana, ou seja, refere-se a uma invasão por diferentes tipos de bactérias que entram no organismo, sendo as mais encontradas a Clostridium, Klebsiella, Staphylococcus e Streptococcus, ela exige cuidado redobrado e intervenção médica rápida. 

 

As infecções podem acontecer de diversas maneiras, sendo necessária apenas que as bactérias da doença se alojem na região perineal, entre anus e órgãos genitais, e encontre alguma lesão. O que pode ser agravado pela falta de higiene, abscessos, feridas, úlceras e lesões. 

 

Marcos Caseiro, infectologista ouvido pelo Portal Terra, pede atenção para ocorrências que podem parecer inofensivas: “Todo paciente com infecção, principalmente de pele nessa região genital, perianal, deve ter uma preocupação maior. É sempre motivo para procurar um médico”.  O infectologista destaca ainda que é importante estar atento aos sinais da doença como dor intensa, vermelhidão, inchaço, mau cheiro e secreção na região genital, são os mais comuns. Além de febre e calafrios, que são respostas do corpo a infecção generalizada.

 

Acompanhamento e diagnóstico precoce da síndrome com um médico infectologista são essenciais para evitar pioras no quadro, além de exames laboratoriais, de imagem e uma hemocultura, onde se investiga quais bactérias estão causando a infecção.

 

Após o diagnóstico, a doença é tratada com antibióticos e desbridamento, procedimento que consiste na remoção do tecido morto e infeccionado da região afetada. “Tem que ir para o centro cirúrgico e abrir essa região porque geralmente são bactérias anaeróbias [que estão presentes no nosso organismo (como o cólon) mas, quando deslocadas, podem causar infecções]", explica o infectologista, que acrescenta: “O que exige que você tente revitalizar o tecido”.

 

Todos esses fatores tornam a infecção preocupante, já que as bactérias ocasionam um processo necrótico. “Muitas vezes, essas bactérias penetram profundamente, caem na corrente circulatória, levando à septicemia”, alerta o médico e destaca que a melhor resposta à síndrome é o tratamento precoce e adequado.

 

Fonte: Rádio das Gerais e Terra.com

Comentários