Nossa prosa é com a médica cirurgiã cardiovascular, Florence Assis, que fala sobre sua vivência enquanto uma profissional que se dedica ao estudo e à compreensão do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Autista e mãe de duas crianças também diagnosticadas autistas ela nos fala sobre os desafios que enfrentou — e ainda enfrenta — na busca por acolhimento, respeito e inclusão. Destaca que o mundo das doenças raras é mais comum do que se parece.
Um dos desafios deste podcast, além de levar informação, é ajudar a reduzir o preconceito de que pessoas com doenças ou transtornos raros precisam estar isoladas do convívio social.
Em meio aos vários relatos de como enfrenta os desafios e as dificuldades diárias, Florence compartilha momentos especiais sobre a trajetória do filho Filippo e o acolhimento que encontraram numa EMEI BH, escola pública municipal que, mesmo com parcos recursos, acolheu e abraçou seu filho como ele é, sem fazer distinção — “ele foi tratado como mais um na fila do pão”, descreve.
Com leveza e bom humor, conta sobre o cardápio da escola — com pratos tais como: feijão tropeiro e lombo — que deixavam o filho animado, até mais do que em relação à comida de casa. No entanto, ela também relata os momentos difíceis, como os episódios em que Filippo apresentava comportamentos disruptivos, chegando a se machucar. A solução encontrada? “Um capacete de espuma, já usado antes com o irmão Lucca, para protegê-lo nas crises”.
Além dos relatos pessoais, Florence Assis fala sobre o projeto Montando Um Time, iniciativa que busca reunir profissionais, famílias e escolas na construção de uma rede de apoio concreta e acolhedora para crianças com autismo e outras condições.
Sua participação no Podcast RARIDADE é um convite à empatia, ao diálogo e à construção de uma sociedade mais inclusiva e traz reflexões profundas sobre acolhimento, respeito às diferenças e a importância de iniciativas que humanizam os cuidados com as pessoas autistas.
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