A eleição do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte (COMAM), foi adiada às vésperas da votação. O processo, que contava com ampla participação da sociedade civil, teve o mandato dos atuais conselheiros prorrogado por mais seis meses.
A decisão causou surpresa e indignação entre organizações ambientais, sindicatos, ONGs e movimentos sociais, que conquistaram a maioria das inscrições no processo eleitoral. A suspensão da eleição levanta suspeitas e provoca questionamentos: por quê interromper justamente quando a sociedade civil demonstra força e organização?
O Observatório Social BH (OABH) , em convocatória para coletiva de imprensa, divulgada nesta sexta-feira (13/6) aponta três possíveis explicações Três possíveis explicações:
Tentativa de barrar a sociedade civil quando ela demonstra força.
Manipulação de normas e processos institucionais para proteger interesses do mercado.
Medo de que a sociedade organizada inverta a lógica predatória que domina as estruturas de poder.
A convocação de uma coletiva de imprensa pelos ambientalistas de BH mostra que a sociedade civil está viva, alerta e pronta para reagir. O alerta se estende para além de Belo Horizonte. No Congresso Nacional, avança o chamado PL da Devastação, que ameaça enfraquecer ainda mais a legislação ambiental brasileira. Caso seja aprovado, a resistência popular pode se intensificar e transformar também os espaços locais de decisão.