Pesquisa revela 4,4 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar no Estado
Publicado em 16/10/2025 09:45
Cidades
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Mesmo com a redução de 23,5% registrada no país no último ano, Minas Gerais ainda possui 4,4 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar, segundo dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) no dia 10/10/2025. O número representa uma queda de 9,6% em relação a 2023. Em todo o estado, 1,5 milhão de lares enfrentaram algum nível de insegurança alimentar em 2024, o que corresponde a 19,5% do total de domicílios mineiros.

 

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isso significa que os moradores desses lares vivenciaram, nos últimos três meses, ao menos uma das seguintes situações: preocupação de que os alimentos acabassem antes de poderem comprar mais; falta de alimentos antes de terem dinheiro para repor; ausência de recursos para manter uma alimentação saudável e variada; ou redução na quantidade de alimentos consumidos por falta de dinheiro.

 

Durante a 307ª Plenária do Conselho Estadual de Assistência Social de Minas Gerais (CEASMG), a presidenta do Sindicato dos Psicólogos de Minas Gerais (PSIND-MG), Jennifer Souza, que também é coordenadora da Comissão de Ética e membro da Comissão de Orçamento do Conselho, alertou para o baixo orçamento destinado à assistência social nos municípios.

 

 “É irrisório e insuficiente para atender todas as demandas sociais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS)”, afirmou.

 

Jennifer destacou ainda que o piso mineiro de assistência social influencia diretamente o repasse aos municípios. “Cada vez que o município tiver menos arrecadação, mais dependerá do cofinanciamento do Estado e do governo federal”, completou.

 

Em termos nacionais, dois milhões de brasileiros saíram do mapa da fome em apenas um ano, passando de 8,47 milhões em 2023 para 6,48 milhões em 2024. Apesar da melhora, 18,9 milhões de famílias ainda convivem com algum grau de insegurança alimentar, o que representa uma redução de 2,2 milhões de lares em relação ao ano anterior.

 

A PNAD classifica a insegurança alimentar em três níveis: Leve: quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos e redução na qualidade para manter a quantidade; Moderada: quando há perda de qualidade e redução na quantidade de alimentos entre os adultos; Grave: quando falta qualidade e ocorre redução na quantidade de alimentos entre todos os moradores, inclusive as crianças, momento em que a fome já se torna uma realidade dentro da família.

 

Fonte: Com informações do G1.

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