Lucciana Acquino, uma artista multifacetada
Publicado em 12/09/2025 09:00 • Atualizado 12/09/2025 11:03
Cultura
AG/EficazPress

O podcast Fala Mulher desta semana traz um bate-papo com a escritora e jornalista Lucciana Acquino, que numa conversa inspiradora com a também jornalista Vera Lima Bolognini conta novidades diversas, a exemplo do diploma como atriz profissional de teatro infantil, que acabou de receber. Também fala como se entregou ao mundo da escrita e revela que já publicou diversos livros infanto-juvenis.

 

Multiartista forjada por meio da sabedoria de suas bisavós, o que a tornou culturalmente rica, Lucciana conta que sua avó era professora e promovia saraus literários em que ela, já com aguçada veia artística, declamava do alto do seu banquinho, poemas de grandes poetas: Olavo Bilac, Humberto de Campos, entre outros. O jornalismo foi uma inspiração de família e veio por meio de sua tia, Ana Maria Bandeira de Melo,  jornalista e que escrevia para o Jornal Estado de Minas. 

 

Lucciana sempre gostou de escrever. Do texto impecável migrou facilmente para a literatura. Ela diz que precisou se transformar para dar conta das mudanças abruptas que a vida lhe trouxe a exemplo de perdas inesperadas na família e de um câncer no endométrio, tecido que reveste o útero. Faz uma metáfora com as borboletas, que passam por transformações um tanto quanto agressivas para, no final, ter toda a beleza que vemos.

 

O Teatro em sua vida

 

Como muita coisa em sua vida, o Teatro surgiu de maneira inusitada. Numa consulta, um terapeuta recomendou que ela fizesse algo que lhe agradasse. Então parou, pensou e viu nesse segmento a oportunidade de que precisava, mesmo que do auge de seus quase 50 anos. 

Hoje,  olha para a profissional que se tornou e sente que o teatro é uma parte muito significativa na sua trajetória. O impacto  é tão positivo que seu próximo livro é um tanto quanto contemporâneo, porém os temas abordados remontam a séculos passados. “Falo de um assunto muito presente nos dias de hoje para as mulheres, a misoginia e o feminicídio e isso não é de hoje, mulheres vêm sendo caladas, seladas e mortas por séculos e séculos e na era Vitoriana (1837 à 1901), era muito pior. As “Cecílias”  que dão o nome à personagem do meu livro, eram internadas e esquecidas nos hospícios”. 

 

Lucciana afirma que o teatro é uma teia que entrelaça  sua vida e dá significado a ela. Seus livros são um grande grito de liberdade feminina, em que as personagens falam atuais e extremamente caros à sociedade.

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